1º Temporada de vikings
Oi oi gente, tudo bom com vocês?
Uns dias para trás eu contei para vocês lá no meu insta story que eu havia começado a assistir novamente vikings, e como nunca havia feito uma resenha das primeiras três temporadas faria uma maratona para vocês, e o que seria essa maratona: assim que eu acabasse de assistir cada temporada novamente eu iria postar aqui, como uma espécie de resenha de cada temporada, então vamos começar pela primeira.
Vikings estreou em 2013 (comecei a assistir no começo de 2015) e desde então vem colecionando fãs ao redor do mundo todo. Tanto a crítica especializada quanto o público em geral amam a série, e aprovação é garantida. Isso já era de se esperar, afinal no primeiro mês de estreia da 4º temporada (resenha aqui) já recebemos a noticia que a série estava renovada para a 5º, ou seja, estamos todos felizes.
A história se baseia em eventos reais e se passa na Escandinávia do século VIII, hoje a atual Suécia, Dinamarca e Noruega. Acompanhando a trajetória de Ragnar Lothbrook , um viking ambicioso que veio a se tornar rei do seu povo, a série retrata o período no qual se iniciava a era viking e as primeiras expedições para o oeste do continente europeu eram realizadas, lugares que até então eram terras inexploradas para os nativos.
A primeira parte do Episódio 1 nos mostra dois elementos super importantes da série: o gosto pelas batalhas, característico de um povo guerreiro, e a religião, abordada através de uma visão tida pelo protagonista. E assim começa a série, com Ragnar e seu irmão Rollo vencendo mais uma batalha, numa cena brutal. A religião possui grande destaque no roteiro, servindo como motivação aos personagens em diversos momentos da trama, dos mais rotineiros às decisões mais importantes.
Passando a cena inicial vemos a abertura da série. E gente, que abertura é aquela ? Já sabem o que vou falar né ? Sim aquele momento que o pé fica suado! Bom, quando comecei a assistir a série foi por indicação de amigos, mas se fosse pelo teaser (abertura), assistiria na mesma hora. A música de abertura se chama If I Had a Heart, da cantora Karin Dreijer Andersson caiu como uma luva, já havia ouvido essa música antes, em uma cena de The Vampire Diares ou The Originals, não me lembro agora, mas com total certeza eu gostaria de ressaltar que combina muito muito mais com Vikings.
A série é produzida pela History Channel, desta forma, eles se preocupa em retratar detalhadamente muitos elementos históricos que faz com que quem assiste seja leigo no assunto, facilmente vai entender como funcionava a sociedade viking.
A religião é o tema cultural mais recorrente na primeira temporada; a cada episódio podemos ver um pouco mais sobre seus deuses, lendas, crenças, locais sagrados, rituais, e outras coisas do tipo. Em Vikings cada aspecto místico ou religioso é muito bem inserido e explorado na trama. Os sacrifícios, a figura do vidente, o ritual de iniciação dos meninos à vida adulta, as referências aos deuses mostradas nas falas, tudo tem um motivo, servindo para construir um contexto histórico relevante e para dar mais sentido aos personagens.
Mais do que a religião ou o misticismo em si, outro fator importante é o conflito cultural. Com o início das expedições às terras inglesas, torna-se evidente o espaço que a história dá às divergências de religiosidade das duas culturas. Enquanto os vikings demonstram completo desprezo ao cristianismo, os cristãos demonstram grande incapacidade de compreender os motivos de atos tão violentos. Mais do que isso, os ingleses se mostram incapazes de reagir à altura para evitar que sejam picotados. E posso dizer que tal ação se desenvolve muito bem ao longo da trama, principalmente quando Ragnar decide levar para casa um monge, e fazer dele o seu escravo, porém acho que não deu muito certo.
Inicialmente, o monge Athelstan não entende os costumes porém, com o passar do tempo, o monge vai imergindo cada vez mais na cultura viking e, mesmo que relutantemente, se interessando e compreendendo as motivações e costumes do povo nórdico. Ragnar o trata de forma decente, apesar de ser um escravo, e os diálogos entre ambos são bastante interessantes. Eles cativam cada vez mais o o espectador e são esclarecedores principalmente para entendermos os princípios e motivações do protagonista. Diferente dos seus amigos, Ragnar se interessa pela língua e cultura do monge cristão, enxergando na sua convivência com ele uma oportunidade ímpar de aprender tudo sobre sua sociedade. Desta forma ele vê que aprendendo mais com o monge, ele conseguira em um futuro próximo saber e conhecer cada vez mais, o favorecendo em muitas das batalhas.
Conversando com um amigo da minha mãe que também é apaixonado por historia ele me contou que um dos motivos que levaram à queda da cultura viking foi a introdução do cristianismo em sua sociedade e desta forma os nórdicos acabaram assimilados pelas culturas com as quais se relacionaram. Para quem já assistiu as outras temporadas isso é bem claro, e mostra que a curiosidade alheia pode sim mudar a cabeça de algumas pessoas, ou no caso de Ragnar, o fez expandir a mente.
Vocês podem perceber que até agora não falei de nenhum personagem especifico não é mesmo, mas agora é o momento !!
Ragnar, é um personagem de fato muito bem elaborado. Ele é quem melhor conhecemos na série e se destaca pelo seu tino, audácia e inteligência. A história se move em função de suas atitudes: Floki constrói o barco a seu pedido, ele é quem convence os companheiros e os lidera nas expedições ao oeste europeu, decide tomar o monge como seu escravo (sendo que pouco antes o salvou de ser assassinado friamente pelo seu irmão Rollo) e desafia o Rei Earl Haraldson para um duelo, o que define o seu novo status na trama.
Fora Fimmel (Ragnar), há outros atores que se destacam na série. O elenco é na verdade muito bom, não consigo apontar um dos protagonistas que fique devendo no papel, mas, devo destacar quatro deles em especial Earl Haraldson, está ótimo no papel do líder autocrático que ao mesmo tempo em que se sente ameaçado por Ragnar, o respeita por suas atitudes ousadas. Lagertha, uma personagem forte, pouco passiva como esposa e guerreira de grande habilidade, Bjorn, o filho de Ragnar, é um garoto de muito talento que tira de letra cenas complicadas para uma criança, e também Rollo, que nutre pelo irmão um ciúme velado (que podemos ver claramente EM TODAS AS CENAS), que cresce a cada episódio, ele consegue transmitir uma personalidade dúbia, que realmente inveja as conquistas do irmão, mas não consegue ainda assumir um conflito aberto com ele, dando um ar de traição iminente às ações do personagem.
Após tantos aspectos positivos, devo ainda destacar o ritmo da história. Diferente de muitas outras séries, Vikings não tem a enrolação que estamos cansados de ver em tantos outros seriados; aqueles episódios que não levam a lugar nenhum, ou sequências que não servem pra nada além de prolongar uma temporada a fim de gerar maiores audiências. Aqui as coisas andam muito rápido, cada episódio faz a trama de fato progredir. Espero mesmo que esta qualidade se mantenha nas temporadas seguintes, pois é um grande atrativo de Vikings.
Como eu contei para vocês no outro post, Vikings tem 10 episódios em cada temporada, e como falei acima também não tem aquela enrolação toda das demais séries que assisto. Se eu contar mais alguma coisa eu acabo liberando spoiler e fazendo com que briguem comigo.
Quem ai já assistiu ou assiste ? Me conte nos comentários.


2 comentários
Não conhecia essa série, vou procurar
ResponderExcluir#BlogueirasHorion
https://www.youtube.com/mayararamos
é muito maravilhosa, tenho certeza que você vai amar.
ResponderExcluirBeijos <3